Exame (Nomenclatura Senne) Herpes simples 1 e 2 (HSV) – IgM
Sinonímias
NA
Exames Correlacionados
PCR para Herpes simples 1 e 2
Indicações
Diagnóstico e acompanhamento de infecções pelos vírus herpes simples 1 e 2.
Herpes vírus de tipo 1: Uma das causas mais comuns de encefalite grave nos adultos. Esse vírus infecta a mucosa dos olhos, da boca e as junções mucocutâneas da face.
Herpes vírus de tipo 2: associado com lesões genitais mucocutâneas (herpes genital).
(Os testes não distinguem tipo 1 do tipo 2.)
IgM: A primeira resposta imunológica humoral frente a infecção é a síntese de anticorpo IgM anti-HSV, que alcança níveis detectáveis uma semana após a infecção. A presença de IgM indica infecção recente ou recorrente.
O HSV pertence à famiíia Herpesviridiae e à subfamilia Alphaherpesviridae e se caracterizam pela propensão a infiltração do SNC, pela incubação (período de latência) e pela reativação em imunossuprimidos. Pode ocorrer disseminação da infecção em pacientes imunossuprimidos, como transplantados e HIV/AIDS.
Somente seres humanos são reservatórios naturais. O patógeno é transmitido por contato pessoal e a infecção ocorre pela inoculação do vírus em superfície mucosa suscetível (como orofaringe, cérvix e conjuntiva) ou por pequenas lesões na pele. O vírus é inativado imediatamente a temperatura ambiente e, portanto, a transmissão por aerossol e fômites é rara.
As infecções por HSV são assintomáticas em 80% dos casos. As infecções sintomáticas são caracterizadas por maior porcentagem de morbidade e de recorrência. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções podem levar a complicações severas. A prevalência da infecção por HSV tem aumentado nos últimos anos. A detecção e tratamento precoces são de extrema importância para o controle da doença.
As infecções por HSV-1 transmitidas por saliva são comuns em crianças, porém, gengivoestomatite por herpes ocorrer em qualquer idade. As infecções por HSV-2 são mais frequentes no período perinatal e no início da vida sexual ativa. A idade avançada (depois do início da vida sexual) e o número de parceiros são fatores associados com a soroprevalência de anticorpos HSV-2.
As manifestações clínicas dependem da idade, do sistema imune do hospedeiro, do sítio anatômico envolvido e do tipo de vírus, podendo variar de estomatite a encefalite e herpes neonatal (sendo esses últimos, fatais em 70% casos).
Orientações e Preparo do Paciente
Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.
Material de Coleta e Recipiente
Tubo estéril seco (sem aditivos ou anticoagulantes)
Instruções de Coleta
- Coleta de líquor deve ser realizada por médico treinado.
- Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.
- Amostra deve ser armazenada de acordo com acondicionamento para transporte.
Volume Necessário
0,5 mL
Volume Mínimo
0,5 mL
Acondicionamento da amostra para transporte
Refrigerado de 2° a 8°C: Até 4 dias. Congelado a -20°C: 30 dias.
Metodologia
ELISA
Restrição operacional
NA
Interpretação Clínica
IgM: a primeira resposta imunológica humoral à infecção é a síntese de anticorpo IgM anti-HSV, que alcança níveis detectáveis uma semana após a infecção. A presença de IgM indica infecção recente ou recorrente.
Valor de Referência
Não reagente
Prazo de Liberação
6 dias úteis
Disponibilidade
24h
Referências Bibliográficas
2. Vadlapudi AD, Vadlapatla RK, Mitra AK. Update on emerging antivirals for the management of herpes simplex virus infections: a patenting perspective. Recent Pat Antiinfect Drug Discov. 2013;8(1):55–67.
3. Miranda-Saksena M, Denes CE, Diefenbach RJ, Cunningham AL. Infection and Transport of Herpes Simplex Virus Type 1 in Neurons: Role of the Cytoskeleton. Viruses. 2018;10(2):92. Published 2018 Feb 23. doi:10.3390/v10020092