Dia 11 de abril é o Dia Mundial da Doença de Parkinson (DP), doença que afeta 1% das pessoas acima dos 65 anos.
Ficou conhecida por se manifestar em algumas pessoas famosas, como o pugilista campeão mundial Muhammed Ali, e o astro de cinema Michael J. Fox, de “De Volta para o Futuro”.
Neste artigo, falaremos mais sobre a doença, um breve histórico dela e quais as perspectivas futuras para se realizar um diagnóstico preciso para garantir uma melhor qualidade de vida as pessoas acometidas por ela.
Breve Histórico da Doença de Parkinson
A doença de Parkinson foi descrita pelo médico britânico James Parkinson, membro do colégio real de cirurgiões (1755-1824).
Em 1817, Parkinson publicou um ensaio intitulado “An Essay on the Shaking Palsy”, tornando-se a primeira descrição mundial bem definida da doença, que leva seu nome.
Apesar da publicação e divulgação do ensaio, ela se tornou bem conhecida pelos neurologistas apenas na segunda metade do século XIX.
A literatura médica cita também descrições parciais da doença, anteriormente a James Parkinson, como aquelas sugeridas por autores egípcios, indianos, Galeno e Leonardo da Vinci.
A participação do Frances Jean Martin Charcot, um dos fundadores da Neurologia, é fundamental no estudo desta patologia, fato que até seria justificável acrescentar seu nome à doença.
Charcot considerava a doença como uma neurose, pois não pôde encontrar uma causa estrutural específica para esta patologia.
Foi, ainda, o primeiro neurologista a sugerir uma terapêutica, em 1877, com o uso de precursor de alcalóides da beladona, a hioscinamina, substância anticolinérgica.
Vários anos se passaram, até que, em 1960, Ehringer e Hornykiewicz associaram a doença de Parkinson com a depleção da produção de dopamina em circuitos motores subcorticais.
A Doença de Parkinson
Trata-se de uma doença degenerativa na qual há perda de células de uma área chamada Substância Negra, que produz a dopamina.
A falta de dopamina leva a tremor, rigidez e lentidão dos movimentos. Com o avanço da doença outros sintomas surgem, como perda de memória e alterações do controle urinário.
Em casos avançados da doença, algumas pessoas desenvolvem transtornos cognitivos severos, que podem inclusive levar a quadros de demência.
Embora não exista ainda cura, há medicamentos que melhoram o funcionamento cerebral, ajudando a ação da dopamina.
Com estes medicamentos há melhora dos sintomas. Dentre estes medicamentos, podemos citar a levodopa, que é transformada em dopamina quando entra dentro do cérebro, e os agonistas dopaminérgicos, que agem nos mesmos locais e de forma parecida à dopamina.
O diagnóstico precoce permite o rápido início do tratamento e melhora da qualidade de vida.
O diagnóstico clínico, com base nos sinais e sintomas, ainda é o mais importante. Métodos que permitem identificar a falta de dopamina no cérebro, como a cintilografia, têm sido utilizados.
Há novos métodos em desenvolvimento, demonstrando o acúmulo das substâncias tóxicas que destroem a substância negra.
Estes métodos usam substâncias, como a sinucleína no líquor e, em breve, poderão contribuir para um diagnóstico ainda mais precoce da doença de Parkinson.
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