Exame (Nomenclatura Senne) Herpes vírus 7 (PCR Qualitativo)
Sinonímias
NA
Exames Correlacionados
NA
Indicações
Atualmente, a técnica de PCR é recomendada para o diagnóstico do Herpes, sendo considerado o método “padrão-ouro”.
O herpes vírus humano tipo 7 é da família Herpesviridae e da subfamilia Betaherpesviridae, gênero Roseolovirus. Causa uma doença de pele em crianças – conhecida como exantema súbito e está associado a diversos outros sintomas como doença respiratória agura febril, febre, rash, vômitos, diarréia, leucopenia e convulsão febril.
O herpesvírus humano-7 (HHV-7) é um vírus onipresente que pertence à subfamília dos vírus β-herpes (juntamente com o citomegalovírus e o herpesvírus humano-6). A infecção primária pelo HHV-7 geralmente ocorre durante a infância e pode causar várias manifestações clínicas: principalmente exantema subitum (roseola infantum), seguida de um estado latente ao longo da vida com possível reativação em caso de imunodeficiência [1]. No entanto, existem abordagens consideravelmente diferentes em relação à história natural desse agente infeccioso e às possíveis conseqüências do HHV-7
infecção em adultos imunocompetentes, pertencente à infecção primária tardia pelo HHV-7 ou à reativação do vírus a partir de macrófagos e / ou células T CD4 +. Em particular, pouco se sabe sobre seu papel patogênico na doença do sistema nervoso central (SNC) em adultos não imunossuprimidos. Especificamente, no caso de encefalite, é importante distinguir entre encefalite infecciosa e encefalomielite pós-infecciosa para o manejo dos pacientes. Nós descrevemos aqui um caso de encefalite por HHV-7 com polimieloradiculopatia associada em um paciente imunocompetente.
As infecções por HHV-7 ocorrem numa faixa etária mais avançada do que aquela observada para HHV-6, sendo a maioria das crianças infectadas na faixa etária de 2 a 5 anos. HHV-7 tem maior tropismo por linfócitos T CD4+, células dos pulmões, pele e glândulas salivares. Estas últimas funcionam como um reservatório, podendo haver eliminação do vírus na saliva por longo tempo.
A infecção primária pode ser assintomática ou associada a um quadro febril, com temperaturas de até 40,1 ºC. Sintomas menos comuns incluem aqueles relacionados a infecções do trato respiratório superior, vômitos, diarréia e rash cutâneo.
HHV-7 é também causa do exantema súbito, apesar de a maioria dos casos estarem relacionados ao HHV-6. Pode causar encefalite em indivíduos imunocompetentes ou imunossuprimidos.
O herpesvírus humano-7 (HHV-7) é um vírus onipresente pertencente à subfamília β-herpesvirinae. A maioria das pessoas está inicialmente infectada com HHV-7 na infância, causando infecção latente assintomática ou subitem de exantema (1, 2). Complicações neurológicas da infecção pelo HHV-7, incluindo meningite, encefalite (3, 4), cerebelite (5) ou mielite (6), podem ocorrer em casos raros. Tais complicações ocorrem principalmente em crianças ou hospedeiros imunocomprometidos (7). O envolvimento neurológico em adultos saudáveis só foi relatado em 4 casos.
Orientações e Preparo do Paciente
Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.
Material de Coleta e Recipiente
Tubo estéril (sem aditivos ou anticoagulantes)
Instruções de Coleta
Coleta de liquor deve ser realizada por médico treinado.
Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, Hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.
Amostra deve ser armazenada de acordo com Acondicionamento para transporte
Volume Necessário
2,0 mL
Volume Mínimo
2,0 mL
Acondicionamento da amostra para transporte
Resfriado de 2° a 8°C: até 2 dias. Congelado a -20ºC: até 30 dias (preferência).
Metodologia
PCR
Restrição operacional
NA
Interpretação Clínica
Positivo: detecção do vírus herpes 7
Valor de Referência
Negativo
Prazo de Liberação
São Paulo: 5 dias úteis. Campinas: 7 dias úteis.
Disponibilidade
24h
Referências Bibliográficas
2. De Bolle L, Naesens L, De Clercq E: Update on human herpesvirus 6 biology, clinical features, and therapy. Clin Microbiol Rev 2005 Jan;18(1):217-245
3. Dockrell DH, Paya CV: Human herpesvirus-6 and -7 in transplantation. Rev Med Virol 2001 Jan-Feb;11(1):23-36
4. Linnoila JJ, Binnicker MJ, Majed M, Klein CJ, McKeon A. CSF herpes virus and autoantibody profiles in the evaluation of encephalitis. Neurol Neuroimmunol Neuroinflamm. 2016;3(4):e245. Published 2016 Jun 1. doi:10.1212/NXI.0000000000000245