Exame (Nomenclatura Senne) Paracoccidioidomicose – Blastomicose (RFC)

Sinonímias

Pesquisa de paracoco, Pesquisa de Blastomicose sulamericana

Exames Correlacionados

Blastomicose / Paracoccidioidomicose, PCR (Liquor)

Indicações

Diagnóstico de Paracoccidioidomicose.

A Blastomicose Sul-Americana (Paracoccidioidomicose), causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, é uma doença crônica granulomatosa que virtualmente pode atingir a todos os tegumentos, causando formas superficiais, profundas e mucocutâneas. As formas pulmonares têm sido crescentemente apontadas como complicadores de pacientes imunossuprimidos. Seu diagnóstico baseia-se especialmente no isolamento e identificação do agente específico, mas, em virtude do processo cultural ser demorado, do exame de pesquisa direta apresentar baixa sensibilidade e da forma clínica inespecífica que os casos podem assumir, algumas vezes é necessária a utilização da sorologia.

A pesquisa de anticorpos anti-paracoccidioides torna-se importante quando se observam títulos muito elevados de anticorpos, ou quando existe aumento significativo de títulos entre duas coletas espaçadas. O uso desta sorologia para monitorar tratamento não é muito indicado pelo fato do decréscimo de títulos ser relativamente lento. O uso de classe IgM Específica não apresenta grande utilidade pela característica crônica do processo infeccioso.

Manifestações neurológicas da paracoccidioidomicose são incomuns.
Geralmente, estes são caracterizados dores de cabeça, convulsões ou déficits neurológicos focais a uma lesão cerebral focal.

Algums artigos mostram que o SNC pode ser afetado em 9,9% a
27,3% dos pacientes com paracoccidiose. Geralmente, a paracoccidioidomicose cerebral resulta de hematogênese disseminação de um foco infeccioso primário e é principalmente
caracterizada por uma lesão hipodensa no cérebro hemisférios com efeito de massa e realce de contraste, às vezes parecendo toxoplasmose cerebral. isso é chamado de forma pseudotumoral de paracoccidioidomicose cerebral. Em alguns pacientes cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal podem também ser afetado. Outras anormalidades na imagem menos frequentemente observadas são lesões calcificadas e realce subaracnóideo difuso, este último observado em
menos de 10% da paracoccidioidomicose cerebral
casos.

Orientações e Preparo do Paciente

Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.

Material de Coleta e Recipiente

Tubo estéril (sem aditivos ou anticoagulantes)

Instruções de Coleta

Coleta de liquor deve ser realizada por médico treinado.

Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, Hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.

Amostra deve ser armazenada de acordo com Acondicionamento para transporte

Volume Necessário

1,0 mL

Volume Mínimo

1,0 mL

Acondicionamento da amostra para transporte

Congelado a -20°C: 30 dias

Metodologia

Fixação do complemento

Restrição operacional

NA

Interpretação Clínica

Positivo: Presença de infecção por Paracoccidioides brasiliensis

Valor de Referência

Não reagente

Prazo de Liberação

17 dias úteis

Disponibilidade

24h

Referências Bibliográficas

1. International Issues: Meningoencephalitis due to Paracoccidioides brasiliensis
F. Francesconi, A. C. Francesconi do Valle, M.T.T. Silva, R. L.B. Costa, E. Carregal, S. Talhari
Neurology Nov 2008, 71 (21) e65-e67; DOI: 10.1212/01.wnl.0000335266.60637.c3

2. Barbosa W, Barbosa GL. Paracoccidioidomicose - doença do sistema fagocítico mononuclear. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 24:203-207,1991.