A Síndrome de Burnout em Meio a Pandemia

Em meio a pandemia de COVID-19, um aumento de doenças psicológicas está ocorrendo em diversos países, principalmente no Brasil.

Dentre esses distúrbios, um dos mais comuns e relatados pelos médicos é a Síndrome de Burnout.

Tendo em vista essa grande preocupação, hoje vamos falar um pouco mais sobre esta doença, em especial:

    • O que é Síndrome de Burnout?
    • Principais Causas e Efeitos
    • Síndrome de Burnout e sua Relação com a Pandemia de COVID-19
    • O que Fazer para Evitar a Síndrome de Burnout?

 

Uma boa leitura para você!

O que é Síndrome de Burnout?

Síndrome de Burnout é um desgaste que prejudica os aspectos físicos e emocionais da pessoa, levando a um esgotamento profissional e afetando drasticamente seu desempenho.

O distúrbio foi mencionado na literatura médica pela primeira vez em 1974, pelo psicólogo norte-americano Freudenberger que descreveu os sintomas que ele e seus colegas estavam enfrentando.

Desde então, vários estudos foram realizados sobre o assunto, visto que a doença estava tendo um impacto muito sério nas pessoas estudadas.

Hoje em dia, o transtorno é facilmente encontrado na CID-10 (Classificação Estatística e Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde), mais precisamente no grupo 5. 

Ele atinge pessoas cuja vida profissional e pessoal são muito atribuladas, em especial as que levam jornadas duplas.

Segundo pesquisas realizadas pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), essa síndrome acomete cerca de 33 milhões de brasileiros.

Principais Causas e Efeitos

A origem da palavra Burnout é norte-americana e significa “esgotamento”. 

Esse distúrbio se manifesta quando a relação com o trabalho acaba se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos. 

A pessoa acaba sendo levada ao seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada e esgotada.

Não é difícil encontrar pessoas que, junto com a Síndrome de Burnout, sofram também de depressão, do uso excessivo de medicamentos e insônia. 

É importante ressaltar que a doença não está somente relacionada com o ambiente de trabalho, muitas vezes as tarefas da faculdade ou até mesmo de casa podem ocasionar o problema.

O fato é que o Burnout está relacionado com o excessivo esforço físico, mental ou emocional, seguido de poucos momentos de descanso ou descontração. 

Tudo que ocupa muito o seu tempo e acaba sugando a sua energia pode ser motivo para que o Burnout apareça.

Segundo dados do ISMA Brasil (International Stress Management Association), 70% dos brasileiros acabam tendo problemas com estresse, dos quais 30% podem desenvolver o Burnout.

Ao realizar uma pesquisa em nove países, a ISMA-Brasil concluiu que o Brasil ocupa o segundo lugar em nível de estresse, perdendo apenas para o Japão.

Dentre os principais sintomas da Síndrome de Burnout, podemos citar:

  • Ausências no trabalho;
  • Agressividade;
  • Isolamento;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Pessimismo;
  • Baixa autoestima.

A seguir, você verá como a pandemia do novo coronavírus teve um impacto significativo no desenvolvimento da Síndrome de Burnout em outros indivíduos.

Síndrome de Burnout e sua Relação com a Pandemia de COVID-19

Com as incertezas causadas pela pandemia de COVID-19 em relação ao mundo do trabalho, é de se esperar que a manifestação de problemas psicológicos, como a Síndrome de Burnout, acabem aumentando.

Um estudo da Universidade de Oxford, publicado na “Lancet Psychyatry”, analisando 236.379 pacientes, mostrou que uma em cada três pessoas que tiveram Covid-19 desenvolveu problemas neurológicos ou mentais em até seis meses após a cura.

E isso ficou ainda mais evidente com muitas pessoas enfrentando dificuldades em se adaptar ao “novo normal”, em especial pelo fato de precisarem mudar sua rotina de trabalho para a modalidade home office.

A sobrecarga de trabalho provocada por essa nova modalidade, potencializada pelo isolamento social, também fez com com que a síndrome se tornasse um problema a ser enfrentado neste cenário.

Há alguns comportamentos que aumentam as chances de burnout, como trabalhar em horários fora do expediente, se dedicar à preparação do trabalho aos finais de semana e o afastamento do convívio social.

O que fazer para evitar a Síndrome de Burnout?

Se você está sofrendo de Síndrome de Burnout, ou desconfia que está desenvolvendo esse quadro, veja algumas coisas que você pode fazer ainda hoje:

  • Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou mesmo tratar a síndrome de burnout;
  • Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
  • Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental;
  • Veja também a possibilidade de propor uma nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais;
  • Ouça a opinião de seus familiares, amigos e colegas: Quem tem burnout, muitas vezes não percebe;
  • Não hesite em procurar ajuda profissional. A saúde mental é tão importante quanto a física.

A Síndrome de Burnout é uma situação muito séria! Não deixe de buscar ajuda profissional caso se identifique com o que foi destacado nessa leitura.

E no que precisar, conte sempre com o Senne Liquor Diagnóstico!