Exame (Nomenclatura Senne) Cisticercose (ELISA)

Sinonímias

Pesquisa de Cisticercose ELISA, Pesquisa de Anticorpos para Taenia solium

Exames Correlacionados

NA

Indicações

A cisticercose é causada por infecção com a forma larvar (cisticercose) da tênia da carne de porco, Taenia solium. Um resultado de teste negativo não exclui o diagnóstico de neurocisticercose, particularmente se apenas uma única lesão cerebral estiver presente. A sensibilidade do teste aumenta de 50% ou menos para um cisto cerebral solitário a mais de 90% se 3 ou mais cistos estiverem presentes. Anticorpos de outras infecções parasitárias, particularmente os resultados do Western blot são assim recomendados.

Exame utilizado na complementação diagnóstica de cisticercose. O homem é o hospedeiro definitivo da Taenia solium e também pode ser hospedeiro intermediário pela ingestão de água ou verduras foliáceias contaminadas, por ovos ou proglotes, desenvolvendo a forma mais grave, que é a cisticercose.

Indicação: A pesquisa de anticorpos no soro e liquor pode ser utilizada de forma complementar ao diagnóstico por neuroimagem.

Orientações e Preparo do Paciente

Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.

Material de Coleta e Recipiente

Tubo estéril seco (sem aditivos ou anticoagulantes)

Instruções de Coleta

  • Coleta de líquor deve ser realizada por médico treinado.
  • Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.
  • Amostra deve ser armazenada de acordo com acondicionamento para transporte.

Volume Necessário

0,5 mL

Volume Mínimo

0,5 mL

Acondicionamento da amostra para transporte

Temperatura ambiente: 7 dias. Refrigerado de 2° a 8°C: 14 dias (preferência). Congelado a -20ºC : 30 dias.

Metodologia

ELISA

Restrição operacional

NA

Interpretação Clínica

São comuns as reações cruzadas com Echinococcus granulosus e Hymenolepis nana. Os anticorpos podem persistir anos após a morte dos parasitas. O encontro de sorologia positiva em pacientes com lesões calcificadas, não deve ser interpretado como presença de parasitas vivos. Falso-negativos podem ser observados na presença de carga parasitaria baixa, sendo que apenas 28% dos pacientes com lesão cerebral única tem sorologia positiva.

Falso Positivos podem ocorrer com punções hemorrágicas devido a transferencia de anticorpos do sangue. Os níveis elevados de antígenos detectados por ELISA são proporcionais ao número de cisticercos viáveis e a presença de cisticercos degenerados e/ou calcificados estava relacionada com níveis baixos de antígenos circulantes.

A sensibilidade é menor nos casos de infecção por cisto único.

A localização do cisticerco é outro fator determinante na positividade do teste para pesquisa de antígeno. Quando a localização do cisto é subaracnoide, na base do cérebro, ou ventricular, observa-se alto índice de detecção de antígeno no liquor ou no soro. Por outro lado, os antígenos não foram detectados quando o cisto estava localizado no parênquima ou nos sulcos do espaço subaracnoidal (Sensibilidade de 73%).

No liquor, a sensibilidade varia entre 86% a 91% e a especificidade chega a 100%.

Valor de Referência

Não Reagente

Prazo de Liberação

10 dias úteis

Disponibilidade

24h

Referências Bibliográficas

1. Del Brutto OH. Diagnostic criteria for neurocysticercosis, revisited. Pathog Glob Health 2012;106(5):299-304. Sahu PS, Seepana J, Padela S, Sahu AK, Subbarayudu S, Barua A.

2. Neurocysticercosis in children presenting with afebrile seizure: clinical profile, imaging and serodiagnosis. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2014; 56(3):253-8.

3. Diagnóstico laboratorial da neurocisticercose: revisão e perspectivas Silvia Yukari Togoro1; Edna Malona de Souza2; Neuza Satomi Sato3 J Bras Patol Med Lab • v. 48 • n. 5 • p. 345-355 • outubro 2012