Exame (Nomenclatura Senne) Febre Amarela (PCR)

Sinonímias

N.A.

Exames Correlacionados

NA

Indicações

O PCR é o exame padrão ouro para o diagnóstico de Febre Amarela.

A febre amarela é uma febre hemorrágica viral transmitida por mosquitos. As manifestações clínicas variam de quadros mais leves até disfunção hepática, insuficiência renal, coagulopatia e choque. O vírus da febre amarela é membro da família Flaviviridae, um grupo de vírus RNA envelopados que se replicam no citoplasma das células infectadas. A detecção do ácido nucléico deste vírus durante a primeira semana da infecção pode ser realizada para o diagnóstico diferencial de outras patologias virais (chikungunya, zika, dengue) e bacterianas. Nossa técnica utiliza também um par de primers capaz de detectar as cepas de febre amarela encontradas em nosso país, bem como um par de primers baseado na sequência da cepa vacinal YF-17D-204, desenhado para detectar a cepa atenuada encontrada na vacina.

Existem dois ciclos de transmissão do YFV, um ciclo silvestre e um ciclo urbano. No ciclo silvestre, o vírus circula entre os primatas não humanos e em alguns marsupiais susceptíveis. A transmissão ocorre através da picada de certas espécies de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O ciclo urbano é caracterizado pela circulação do vírus entre os seres humanos e é transmitido pela picada do mosquito da espécie Aedes aegyti, um vetor doméstico.

As manifestações clínicas desta infecção variam consideravelmente, com formas assintomáticas a casos com sintomas não específicos associados com uma doença sistêmica caracterizada por febre, prostração, comprometimento do fígado, baço e funções cardíacas, manifestações hemorrágicas e choque. O período de incubação é de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado.

Orientações e Preparo do Paciente

Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.

Material de Coleta e Recipiente

Tubo estéril (sem aditivos ou anticoagulantes)

Instruções de Coleta

Coleta de liquor deve ser realizada por médico treinado.

Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, Hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.

Amostra deve ser armazenada de acordo com Acondicionamento para transporte

Volume Necessário

3,0 mL

Volume Mínimo

2,0 mL

Acondicionamento da amostra para transporte

Temperatura ambiente: até 2 horas. Refrigerado de 4 a 8°C: 2 dias (preferencia). Congelado a -20°C: 5 dias.

Metodologia

PCR em tempo real

Restrição operacional

NA

Interpretação Clínica

"Positivo: Detectada a presença do vírus da febre amarela

A febre amarela é uma febre hemorrágica viral transmitida por mosquitos. As manifestações clínicas variam de quadros mais leves até disfunção hepática, insuficiência renal, coagulopatia e choque. O vírus da febre amarela é membro da família Flaviviridae, um grupo de vírus RNA envelopados que se replicam no citoplasma das células infectadas. A detecção do ácido nucléico deste vírus durante a primeira semana da infecção pode ser realizada para o diagnóstico diferencial de outras patologias virais (chikungunya, zika, dengue) e bacterianas. Nossa técnica utiliza também um par de primers capaz de detectar as cepas de febre amarela encontradas em nosso país, bem como um par de primers baseado na sequência da cepa vacinal YF-17D-204, desenhado para detectar a cepa atenuada encontrada na vacina."

Valor de Referência

Negativo / Não detectado

Prazo de Liberação

4 dias

Disponibilidade

24h

Referências Bibliográficas

1. Emerg Infect Dis. 2019 Aug;25(8):1567-1570. doi: 10.3201/eid2508.181479.
Wild-Type Yellow Fever Virus RNA in Cerebrospinal Fluid of Child.
Marinho PES, Alvarenga PPM, Crispim APC, Candiani TMS, Alvarenga AM, Bechler IM, Alves PA, Dornas FP, de Oliveira DB, Bentes AA, Christo PP, Kroon EG.

2. J Clin Virol. 2019 Jul;116:49-57. doi: 10.1016/j.jcv.2019.04.006. Epub 2019 May 8.
Neurological manifestations of pediatric arboviral infections in the Americas.
Almeida Bentes A1, Kroon EG2, Romanelli RMC3.

3. BMJ Case Rep. 2019 May 13;12(5). pii: e229558. doi: 10.1136/bcr-2019-229558.
Yellow fever vaccine-associated neurological disease: it is not just the silver generation at risk.
Goldstein EJ1, Bell DJ2, Gunson RN1.