Exame (Nomenclatura Senne) Herpes simples 1 e 2 (HSV), PCR Qualitativo

Sinonímias

PCR para Herpes

Exames Correlacionados

NA

Indicações

Atualmente, a técnica de PCR é recomendada para o diagnóstico do Herpes, sendo considerado o método “padrão-ouro”.

O HSV pertence à familia Herpesviridiae e à subfamilia Alphaherpesviridae e se caracterizam pela propensão a infiltração do SNC, pela incubação (período de latência) e pela reativação em imunossuprimidos. Pode ocorrer disseminação da infecção em pacientes imunossuprimidos, como transplantados e HIV/AIDS. Somente seres humanos são reservatórios naturais.

O patógeno é transmitido por contato pessoal e a infecção ocorre pela inoculação do vírus em superfície mucosa suscetível (como orofaringe, cérvix e conjuntiva) ou por pequenas lesões na pele. O vírus é inativado imediatamente a temperatura ambiente e, portanto, a transmissão por aerossol e fômites é rara.

As infecções por HSV são assintomáticas em 80% dos casos. As infecções sintomáticas são caracterizadas por maior porcentagem de morbidade e de recorrência. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções podem levar a complicações severas. A prevalência da infecção por HSV tem aumentado nos últimos anos. A detecção e tratamento precoces são de extrema importância para o controle da doença.

As infecções por HSV-1 transmitidas por saliva são comuns em crianças, porém, gengivoestomatite por herpes ocorrer em qualquer idade. As infecções por HSV-2 são mais frequentes no período perinatal e no início da vida sexual ativa. A idade avançada (depois do início da vida sexual) e o número de parceiros são fatores associados com a soroprevalência de anticorpos HSV-2.

As manifestações clínicas dependem da idade, do sistema imune do hospedeiro, do sítio anatômico envolvido e do tipo de vírus, podendo variar de estomatite a encefalite e herpes neonatal (sendo esses últimos, fatais em 70% casos).

Orientações e Preparo do Paciente

Não há nenhuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.

Material de Coleta e Recipiente

Tubo estéril seco (sem aditivos ou anticoagulantes)

Instruções de Coleta

  • Coleta de líquor deve ser realizada por médico treinado.
  • Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.
  • Amostra deve ser armazenada de acordo com acondicionamento para transporte.

Volume Necessário

1,0 mL

Volume Mínimo

1,0 mL

Acondicionamento da amostra para transporte

Resfriado de 2° a 8°C: até 2 dias. Congelado a -20ºC: até 30 dias.

Metodologia

PCR em Tempo Real

Restrição operacional

NA

Interpretação Clínica

Positivo: presença infecção pelo virus herpes 1 ou 2

Valor de Referência

Negativo

Prazo de Liberação

São Paulo: 2 dias úteis. Campinas: 4 dias úteis.

Disponibilidade

24h

Referências Bibliográficas

1. Nicoll MP, Proença JT, Efstathiou S. The molecular basis of herpes simplex virus latency. FEMS Microbiol Rev. 2012;36(3):684–705. doi:10.1111/j.1574-6976.2011.00320.x

2. Vadlapudi AD, Vadlapatla RK, Mitra AK. Update on emerging antivirals for the management of herpes simplex virus infections: a patenting perspective. Recent Pat Antiinfect Drug Discov. 2013;8(1):55–67.

3. Miranda-Saksena M, Denes CE, Diefenbach RJ, Cunningham AL. Infection and Transport of Herpes Simplex Virus Type 1 in Neurons: Role of the Cytoskeleton. Viruses. 2018;10(2):92. Published 2018 Feb 23. doi:10.3390/v10020092