Exame (Nomenclatura Senne) HIV 1 e 2 (Imunologia), Liquor
Sinonímias
NA
Exames Correlacionados
NA
Indicações
Indicações: Exame de triagem para o diagnóstico de infecção pelo HIV-1.
O agente etiológico da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é identificado como vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os anticorpos anti-VIH estão presentes nos doentes infectados pela AIDS e nos indivíduos assintomáticos infectados pelo HIV. Após a penetração do vírus na célula por fusão com a membrana, o core viral se desintegra e o HIV transcreve o seu RNA em DNA através da transcriptase reversa. O DNA viral pode permanecer no citoplasma ou integrar-se ao genoma da célula, sob forma de pró-vírus, latente por tempo variável, replicando toda vez que a célula entra em divisão. A estratégia de sobrevivência do vírus HIV é a capacidade de multiplicação rápida e a capacidade de sofrer mutações, assim consegue desviar do sistema imunológico. Associados à infecção HIV ocorrem doenças oportunistas (pneumocistose, toxoplasmose, candidíase), neoplasias (sarcoma de Kaposi, linfomas B) e complexo demencial. Transmissão: contato sexual, exposição a sangue ou hemoderivados contaminados, infecção pré-natal do feto ou infecção perinatal do recém-nascido de mãe infectada. Testes de triagem como CLIA, ECLIA ou ELFA devem confirmados por ensaios mais específicos (Western Blot ou imunofluorescência). Falso-positivos podem ocorrer em testes imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLA DR4, outras viroses, vacinados para influenza, hepatites alcoólicas, portadores de distúrbios imunológicos, neoplasias, multíparas e politransfundidos. Filhos de mãe HIV positivo tem anticorpos maternos, não sendo, pois, a sorologia definitiva no diagnóstico. Os testes imunoenzimáticos tem sensibilidade e especificidade em torno de 98%. Indivíduos de alto risco, com um teste enzimático positivo, tem valor preditivo positivo de 99%. Assim, testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não podem ser considerados como diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo necessária a realização do Western Blot como teste confirmatório. Pacientes com fase avançada da doença podem não apresentar reatividade ao Western Blot. Cerca de 20% da população normal não infectada apresentam resultados indeterminados no Western Blot. A Portaria No. 29, de 17 de dezembro de 2013 (Ministério da Saúde) normatiza o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV em adultos e crianças.
Orientações e Preparo do Paciente
Não há nenhuma orientação específica.
Não é necessário jejum.
Material de Coleta e Recipiente
Tubo estéril (sem aditivos ou anticoagulantes)
Instruções de Coleta
Coleta de líquor deve ser realizada por médico treinado. Sempre observar se há contraindicações para a coleta do LCR tais como: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, Hipertensão intracraniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente. Amostra deve ser armazenada de acordo com Acondicionamento para transporte.
Volume Necessário
1,5 mL
Volume Mínimo
1,5 mL
Acondicionamento da amostra para transporte
Refrigerado entre 2° e 8° C: Até 3 dias
Congelado a -20°C: 60 dias
Metodologia
PCR em Tempo Real
Restrição operacional
NA
Interpretação Clínica
Positivo: Presença de infecção por HTLV 1 e 2
Valor de Referência
Negativo
Prazo de Liberação
São Paulo: 5 dias úteis. Campinas: 7 dias úteis
Disponibilidade
24h
Referências Bibliográficas
2. Futsch N, Mahieux R, Dutartre H. HTLV-1, the Other Pathogenic Yet Neglected Human Retrovirus: From Transmission to Therapeutic Treatment. Viruses. 2017;10(1):1. Published 2017 Dec 21. doi:10.3390/v10010001
3. Anderson MR, Pleet ML, Enose-Akahata Y, et al. Viral antigens detectable in CSF exosomes from patients with retrovirus associated neurologic disease: functional role of exosomes. Clin Transl Med. 2018;7(1):24. Published 2018 Aug 27. doi:10.1186/s40169-018-0204-7
4. Zhang LL, Wei JY, Wang L, Huang SL, Chen JL. Human T-cell lymphotropic virus type 1 and its oncogenesis. Acta Pharmacol Sin. 2017;38(8):1093–1103. doi:10.1038/aps.2017.17"