Exame (Nomenclatura Senne) Kappa Cadeias Leves e Livres Indice, Liquor e Sangue

Sinonímias

Índice Kappa, Índice de Imunoprodução Intratecal Kappa

Exames Correlacionados

Bandas Oligoclonais, Índice de IgG

Indicações

Indicações: Diagnóstico e acompanhamento de pacientes com Esclerose Múltipla ou outras doenças desmielinizantes.

Orientações e Preparo do Paciente

Não há nehuma orientação especifica.
Não é necessário jejum.

Material de Coleta e Recipiente

Liquor: Tubo estéril (sem aditivos ou anticoagulantes) + Sangue: Tubo de coleta de Bioquímica (Tampa vermelha ou amarela) com ativador de coágulo

Instruções de Coleta

Coleta de líquor deve ser realizada por médico treinado.
Sempre observar se há contra-indicações para a coleta do LCR: Alteração no coagulograma, uso de medicações anticoagulantes, Hipertensão intra-craniana, infeções no local do procedimento, agitação psicomotora do paciente.

Coleta de sangue períférico de acordo com o procedimento padrão

Amostra deve ser armazenada de acordo com Acondicionamento para transporte

Volume Necessário

3,0 mL Liquor + 5,0 mL Soro

Volume Mínimo

1,0 mL de Liquor + 1,0 mL de Soro

Acondicionamento da amostra para transporte

Refrigerado entre 2° e 8° C: Até 7 dias
Congelado a -20°C: até 30 dias

Metodologia

Turbidimetria

Restrição operacional

NA

Interpretação Clínica

A detecção de ativação intratecal de linfócitos B constitui uma das mais importantes ferramentas no diagnóstico da Esclerose Múltipla (EM). Esta ativação de forma quantitativa ou qualitativa, é realizada através do estudo das imunoglobulinas presentes no LCR.

Dentre os métodos quantitativos habitualmente empregados, temos a Dosagem de IgG no LCR, o Índice de IgG e o Nomograma de Reiber.

Atualmente, o método considerado mais preciso para a avaliação de síntese intratecal de IgG é a pesquisa de bandas oligoclonais (BOC) no LCR e soro, um método qualitativo. Esse método, realizado através da técnica de focalização isoelétrica, permite a identificação de clones específicos de IgG no LCR e, portanto, sintetizados dentro do sistema nervoso central (SNC).

Recentemente, alguns estudos têm avaliado também a quantificação de cadeias leve livres de imunoglobulinas do subtipo kappa (κ) para o estudo da imunoprodução intratecal. Com as dosagens, é possível realizar a determinação do índice de imunoprodução intratecal, avaliando a concentração relativa de Kappa no LCR em relação ao soro.

Os estudos têm demonstrado grande precisão com estas determinações, indicando uma resposta com maior produção de kappa em pacientes com esclerose múltipla (EM), sendo que o aumento do Índice de Kappa apresenta altos níveis de sensibilidade e especificidade em relação a outros parâmetros da avaliação da imunoprodução intratecal em pacientes com Esclerose Múltipla (EM).

Além disso, em pacientes com síndrome clinicamente isolada (CIS) e síndrome radiologicamente isolada (RIS), há uma boa correlação destes índices com o risco de evoluir para EM.

Valor de Referência

KFLC-líquor: < 0,1 - 1,96 mg/L
KFLC-soro: 3,30 - 19,40 mg/L
Índice Kappa (KFLC): <5,8

Prazo de Liberação

7 dias corridos

Disponibilidade

24h

Referências Bibliográficas

1. Wright BL, Lai JT, Sinclair AJ. Cerebrospinal fluid and lumbar puncture: a practical review. J Neurol. 2012 Aug;259(8):1530-45. doi: 10.1007/s00415-012-6413-x. Epub 2012 Jan 26. PMID: 22278331.

2. Khorooshi R, Asgari N, Mørch MT, Berg CT, Owens T. Hypersensitivity Responses in the Central Nervous System. Front Immunol. 2015 Oct 7;6:517. doi: 10.3389/fimmu.2015.00517. PMID: 26500654; PMCID: PMC4595775.

3. Gastaldi M, Zardini E, Leante R, et al. Cerebrospinal fluid analysis and the determination of oligoclonal bands. Neurol Sci. 2017 Oct;38(Suppl 2):217-224. doi: 10.1007/s10072-017-3034-2. PMID: 29030765.

4. Thompson AJ, Banwell BL, Barkhof F, et al. Diagnosis of multiple sclerosis: 2017 revisions of the McDonald criteria. Lancet Neurol. 2018 Feb;17(2):162-173. doi: 10.1016/S1474-4422(17)30470-2. Epub 2017 Dec 21. PMID: 29275977