Ptose palpebral é sinônimo de queda da pálpebra, e pode ser causada por inúmeras doenças distintas. Ela é mais frequentemente unilateral, mas às vezes pode acontecer nos dois olhos.
A ptose pode ser congênita ou adquirida. A congênita é vista no bebê, logo ao nascer, e resulta de uma malformação dos músculos da pálpebra. As causas adquiridas resultam de lesão do nervo oculomotor, dos músculos das pálpebras, ou da placa neuromuscular, que comunica o nervo e o músculo.
A lesão do nervo oculomotor pode ser de causa vascular, por compressão do nervo por um aneurisma cerebral. Inflamações, diabetes, entre outras, também podem comprometer esse nervo. A lesão do nervo oculomotor causa outros sintomas além da ptose, como visão dupla e dor ocular.
A placa neuromuscular pode ser afetada pela miastenia grave, uma doença autoimune rara. A miastenia grave, além da queda da pálpebra, causa fraqueza generalizada, dificuldade de deglutição, falta de ar, entre outros.
Já as doenças que afetam diretamente os músculos da pálpebra podem ser de natureza genética ou inflamatória. Além de ser causada por doenças, a ptose pode resultar da aplicação da toxina botulínica para fins estéticos.
O diagnóstico da causa da ptose palpebral envolve inúmeros exames. O exame de líquor faz parte desta investigação, em especial nos casos de causa vascular ou inflamatória.