A Perda de Memória em Pacientes com COVID-19

É possível que haja perda de memória em pacientes com COVID-19?

Ainda pouco se sabe sobre os reais efeitos do novo coronavírus com relação a complicações neurológicas tanto em pacientes sendo tratados, como aqueles que já se recuperaram da doença.

Estudos iniciais

Um estudo europeu mostrou que cerca de 60% dos pacientes que tiveram COVID-19 apresentavam queixas de memória quatro meses após a recuperação da infecção. As alterações de memória causaram dificuldades na capacidade dos pacientes realizarem suas atividades normais e trouxeram piora da qualidade de vida.

A intensidade destas alterações foi diretamente proporcional à gravidade da infecção, ou seja, pacientes que necessitaram de oxigênio ou UTI tiveram maior comprometimento de memória.

O que se sabe até agora?

Ainda não se sabe exatamente como o novo coronavírus afeta a memória. Uma hipótese é que o vírus entre no cérebro, mas os estudos mostram que isso acontece apenas em uma minoria dos casos.

Outra hipótese é que moléculas produzidas pela inflamação afetem a função do cérebro. O exame do líquor (LCR) é capaz de identificar se o vírus entrou no cérebro, mostra também o grau da inflamação cerebral, e ainda pode identificar se existe lesão dos neurônios.

Ainda não sabemos se estas alterações se relacionam com as chances de recuperação da memória a médio e longo prazo, mas o LCR é, sem dúvida, um exame importante para melhor conhecermos as alterações de memória relacionadas à COVID-19.  

O Senne Liquor realiza todos os exames de LCR de pacientes com COVID-19 e participou ativamente do primeiro estudo mundial em que esse vírus foi sequenciado no LCR. Com o LCR é também possível também avaliar se a perda de memória decorre da infecção viral ou pode estar relacionada a outras doenças, como o Alzheimer.