Síndrome de Guillain-Barré: do diagnóstico as fases da doença

A Síndrome de Guillan-Barré (SGB) foi descrita em 1916 pelos neurologistas Georges Guillain, Jean Alexandre Barré e André Strohl. 

Eles descreveram a doença em dois soldados com paralisia, e coletaram o liquor (LCR) identificando a principal anormalidade diagnóstica, a dissociação proteíno-citológica. 

Essa anormalidade é caracterizada por um aumento da concentração de proteínas, sem que haja aumento da contagem de glóbulos brancos no LCR.

A SGB é uma inflamação nos nervos causada por uma “reação imunológica cruzada”. O que é isso? Após uma infecção ou uma vacina, nosso sistema imunológico fica ativado, e os linfócitos atacam o elemento causador, seja um vírus, bactéria, ou componentes das vacinas.

Esses linfócitos acabam atacando, por engano, pedaços dos nervos do próprio corpo. Não se sabe exatamente por que, em algumas pessoas, o sistema imunológico comete esse “engano”. Fatores genéticos estão provavelmente envolvidos.

Os sintomas são fraqueza progressiva nas pernas, dor, taquicardia e, em casos graves, a paralisia respiratória, sendo necessário o uso de aparelhos. Portanto, a SGB é uma doença potencialmente grave. A boa notícia é que existe tratamento e a maioria dos pacientes se recupera sem sequelas.

O tratamento deve ser rapidamente iniciado e, por isso, o diagnóstico deve ser ágil.

O exame de LCR é o principal exame, e mostra a dissociação proteíno-citológica, além de outras anormalidades através de exames sofisticados. Outro exame importante é a eletroneuromiografia, que avalia o funcionamento dos nervos.

O Senne Liquor realiza todos os exames no LCR, e também a eletroneuromiografia, para o diagnóstico da SGB.