Covid-19: é possível contraí-la novamente depois da recuperação ou vacinação?

É possível contrair de novo a COVID-19 mesmo já tendo se recuperado ou após se vacinar contra a doença? A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo inteiro de surpresa, e anos depois, ainda se sabe pouco sobre como o vírus se comporta e quais são as medidas eficazes para evitar que as pessoas se infectem.

Uma das principais discussões que surgem é sobre a possibilidade de reinfecção, ou seja, contrair COVID-19 mais de uma vez, ou até mesmo de manifestar a doença depois que um indivíduo foi vacinado.

Com todo este cenário em vista, iremos responder nas próximas linhas às seguintes questões:

  • É possível pegar COVID-19 mesmo depois de ser infectado?
  • Mesmo vacinado, posso ter COVID-19?
  • Como posso ter certeza de que estou imunizado?
  • Para que serve a sorologia de anticorpos totais?
  • Para que serve o teste de anticorpos neutralizantes?

Vamos à primeira pergunta.

É possível pegar COVID mesmo depois de ser infectado?

Apesar de se saber pouco sobre o comportamento do novo coronavírus, muitos pesquisadores estão dedicados a esclarecer algumas dúvidas, incluindo como funciona a reinfecção.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um estudo realizado em Hong Kong indica que algumas pessoas que se recuperaram de COVID podem ser infectadas novamente, mas esses casos são raros.

Maria Van Kerkhove, chefe da unidade de doenças emergentes e zoonoses da OMS, afirmou que isso não significa que essas reinfecções estão acontecendo com frequência, e sim, que essa possibilidade existe.

Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro caso de reinfecção do novo coronavírus no Brasil ocorreu em 15 de janeiro de 2021.

Mesmo com poucos dados e muitas dúvidas sobre a doença, a vacinação tem tido um papel importante na imunização das pessoas, o que por sua vez também pode reduzir o risco de contrair a COVID-19 mais de uma vez.

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Mesmo vacinado, posso ficar doente por COVID?

É fato que a maioria das vacinas produzidas em tempo contra o novo coronavírus pode ser questionada quanto a sua eficácia, inclusive se existe a possibilidade de contrair a doença após a sua aplicação.

Dois novos estudos realizados nos Estados Unidos, publicados no New England Journal of Medicine, trazem respostas interessantes para esse questionamento.

Em um deles, pesquisadores da Universidade do Texas, em Dallas, revelaram que, em um grupo de 8.121 trabalhadores do Centro Médico da instituição, que receberam as doses do imunizante, apenas quatro foram infectados.

Em outro estudo, foi monitorado um grupo de 14.990 colaboradores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Diego, e da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Nesse caso, 7 voluntários testaram positivo para a doença, em um período de duas ou mais semanas após a segunda dose da vacina.

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Mais uma vez, a mesma conclusão para quem já pegou COVID e se recuperou: a possibilidade existe, mas é rara. Uma notícia que pode ser animadora para muitos.

Como posso ter certeza de que estou imunizado?

Alguns exames já disponíveis podem determinar se uma pessoa está ou não imunizada contra o COVID-19. Outros podem indicar se um paciente, que não apresentou fortes sintomas da doença, ou esteve em contato com outros infectados, também acabou contraindo o vírus.

Veja a seguir os dois principais exames, e para quais situações se aplicam:

  • Sorologia de anticorpos totais:  recomendado para saber se a pessoa teve COVID-19 anteriormente, além de detectar anticorpos contra a proteína N do vírus, que são produzidos por cerca de 90% dos indivíduos em até 28 dias após a infecção. A análise utiliza amostra de sangue, que deve ser coletada, idealmente, 14 dias após o início dos sintomas ou 21 dias após a exposição de risco.
  • Anticorpos neutralizantes: indicam se o paciente apresenta anticorpos protetores contra o novo coronavírus, seja por infecção anterior, seja como resposta à vacina. Ele identifica anticorpos neutralizantes contra a proteína RBD da proteína Spike do vírus. A análise é feita também com sangue, que deve ser coletado pelo menos 14 dias após o início dos sintomas, ou 21 dias depois da exposição de risco. No caso de avaliação da resposta à vacina, a coleta tem que ser feita 30 dias depois da aplicação da última dose do imunizante.

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É importante lembrar que, para ambos os exames, em casos de pacientes assintomáticos ou que tiveram sintomas leves, o tempo para dar um resultado positivo leva mais tempo. Em alguns quadros, nem mesmo se produz anticorpos perceptíveis.

No caso da sorologia, existe a possibilidade de resultados indeterminados e falso-positivos.

Já com relação ao exame de anticorpos neutralizantes, níveis mais altos podem requerer além dos 21 dias para se estabelecer, tornando necessária a realização de um exame sorológico.

Mesmo com essas ressalvas, os exames de sorologia e anticorpos neutralizantes são importantes para que você compreenda, caso tenha se recuperado da COVID-19, ou se recebeu a vacina, como seu sistema imunológico está evoluindo.

Enquanto esperamos por novas descobertas e estudos sobre o novo coronavírus, seguir as recomendações dos órgãos de saúde e os protocolos de segurança sanitária são imprescindíveis para impedir a propagação do vírus.

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